sexta-feira, 16 de março de 2012

FAPESP FAZ 50 ANOS E MIRA MEIO AMBIENTE -Agência estadual de fomento à pesquisa agora investe em internacionalização

Modelo pioneiro de agência estadual de fomento à ciência no Brasil, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) completa 50 anos com foco em três projetos de grande impacto na área ambiental: o Programa de Pesquisa em Bioenergia (Bioen), o Programa de Pesquisas em Caracterização, Conservação e Uso Sustentável da Biodiversidade do Estado de São Paulo (Biota) e o Programa de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Globais.

Até agora, a agência investiu mais de R$ 80 milhões no programa BIOTA . Como saldo, foram identificadas 1.766 espécies, a maioria, microrganismos (cerca de 62%). Mas também foram encontrados 93 vertebrados. Além disso, mais de mil artigos científicos mereceram publicação.


Outro projeto considerado prioritário pela Fapesp é o Programa de Pesquisa em Bioenergia (Bioen), que engloba de pesquisas para aprimorar o processo de fabricação dos biocombustíveis a análises do impacto socioeconômico das lavouras para produção de energia.
O projeto para sequenciar o genoma da cana-de-açúcar constitui um desafio gigantesco. A bióloga Marie-Anne Van Sluys, da USP, recorda que o genoma da cana tem cerca de 10 bilhões de letras químicas de DNA, mais de três vezes o tamanho do genoma humano. E, além disso, possui uma redundância - trechos que se repetem - quase quatro vezes maior. "A redundância dificulta muito o trabalho", explica Marie-Anne. "É como montar um gigantesco quebra-cabeças de uma foto do céu. Não há muitas referências para juntar as peças."
Com o genoma completo, será possível acelerar muito o processo de melhoramento da cana-de-açúcar, aumentando a produtividade e diminuindo os custos.
O terceiro programa que merece destaque é o Programa de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Globais, que pretende auxiliar na tomada de decisões relacionadas às avaliações de risco e estratégias de mitigação e adaptação ao efeito estufa.
Foram investidos, por exemplo, R$ 50 milhões (R$ 15 milhões da Fapesp e R$ 35 milhões do MCTI) para a compra de um supercomputador para modelar o clima reunindo dados sobre fluxo de umidade, calor e CO2 na atmosfera, nos oceanos e na superfície terrestre globais, algo inédito no País. 
"O desafio é aumentar a qualidade e o impacto da pesquisa paulista, além de elevar sua visibilidade mundial", afirma Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da Fapesp. 

fonte: estadão.com.br 

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